domingo, 29 de maio de 2011

Do Santa Fé ao Cruzeiro

Nossa faz tempo que atualizo isso aqui!
Está friozinho, dedos duros, mãos lentas não obedecem ao raciocínio. Mas tomei um pouco de coragem e vamos o que vai dar.

Passo muito tempo do meu dia dentro do ônibus ou então esperando por ele, acabo prestando bastante atenção em assuntos alheios, só não considero fofoca, pois, o volume das conversas ultrapassa esse limite.

Fazendo um balanço geral recebi varias noticias importantes, como detalhes da morte do Osama, acidente de helicóptero de cantor sertanejo, adolescente é morto a enxadadas, criança sem uniforme não comerá merenda em escola publica, é jornalismo puro!

Mas percebi que essa coisa de transporte público está mexendo comigo, eu entrei, sentei e o ônibus começou a andar, dois pontos a mais e veiculo estava lotado. Uma senhora entrou com sacolas, cabelos brancos, se equilibrando entre pessoas e assentos, quando eu estava prestes a ceder o meu lugar uma mulher de meia idade também de pé resmunga: “Nossa essa viradinha é terrível”, a senhora equilibrista responde com muito fervor: “Pior é aquela gorda ali na frente!”. Oh Deus! Julguei rapidamente que ela não merecia mais o meu lugar, como ela podia? Com aquela idade, preconceituosa indiscreta! Ali permaneci até chegar ao meu destino, não sei de onde tirei essa idéia que eu é que deveria dar o veredicto, mas foi assim que fiz, e acho até que ninguém percebeu.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Fui à feira e voltei com 500gr de ego!

Tem pastel! Tem perfume barato!Tem gente pra todos os lados, conversando, berrando, esbarrando, criança puxada pelo braço, o banheiro custa uma moedinha, alguns doentes terminais também, aqui no terminal. Tudo aqui tem seu preço e subindo dois lances de escadas já se sente a inflação.
Bastante gente passeia por aqui, indo e vindo, passam muito tempo esperando a hora de seguir viagem e é nesse momento que almejam não serem notadas.
É muito fácil ficar invisível por aqui, vários artifícios são usados, abrir um livro (mesmo que não para ler), os fones de ouvidos estão em alta, olhar para o relógio de três em três segundos.
Era hora do almoço, então optei por sentar e comer, funciona sempre, me sinto quase que transparente. Mas meu super poder durou bem menos do que eu esperava!
Um olhar, profundo, penetrante, quase me olhando do avesso. Até que era do tipo interessante e confesso eu o meu olhar eu... DESVIEI! Eu não estava ali pra isso, eu era só mais uma esperando a minha hora de seguir viagem, voltar pra quem vive me esperando.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O desejo do invisível

Não sei de onde estou saindo, onde vou chegar ou caminhar através deste blog. Mas sei que ele vem como um martelo, com desejo de construir e como uma vontade bigorna! (Salve Lenine)

O “Eu invisível” me surgiu num pensamento parecido com uma crise existencial, questionando como somos espectadores todos os dias. Na maioria das horas do nosso tempo estamos como visitantes, homens invisíveis, do lado de fora do que realmente está acontecendo. E neste blog quero dividir essa minha invisibilidade, que acontece em qualquer lugar seja no ônibus, no transito, num bar, naquela roda de violão cheia amigos, uma exposição chiquérrima muito importante só para Vips, ou seja, constantemente acompanhada do meu “Eu invisível”.

Mas este blog está longe de ser uma obra filosófica, aqui também teremos música, teatro, dança humor, saudade, política, uma programação completa para todo e qualquer espectador. Esse é meu desejo invisível (pelo menos o de hoje).